Bate Papo com a Cia Malucômicos

No dia 5 de outubro de 2013 (sábado) nós do Escola Livre, nos reunimos e fomos para o Ceu Vila Rubi assistir a peça “A água acabou” produzida e interpretada pela Cia Malucômicos, um grupo que se formou e se apresenta nas periferias de São Paulo.

"A Água acabou"

“A Água acabou”

Como o título da peça  já nos traz a referencia do que será apresentado, o espetáculo provoca risos e reflexões a partir das encenações. O tempo cronológico usado também nos provoca uma reflexão de um antes – marcado pela época bíblica – e dos dias atuais.
Depois do espetáculo, tivemos uma roda de conversa com a Cia Malucômicos.
Roda de conversa - CEU VILA RUBI

Roda de conversa – CEU VILA RUBI

Isabel (21) nos contou que ela está no grupo desde março de 2008, ou seja, desde o ínicio, quando começaram no teatro vocacional do Ceu Cidade Dutra.
O vocacional, que ia de março até novembro, deu uma parada para continuar só no ano seguinte, mas os participantes tinham a pretensão de continuar, assim formaram um grupo.
Muitos diziam que ele eram malucos  por quererem formar um grupo, pois não tinham experiência… Mas segundo Isabel,  foram “teimosos” e resolveram mesmo assim se encontrarem todos os domingos em sua casa, durante o período que não tinha vocacional.
Claudinho (34),  na época,  deu a idéia de fazerem a releitura de “Hermanoteu na Terra de Godáh – Dos melhores do Mundo ”. imagem lll
Gravaram a peça, tiveram todo o trabalho de rever cena por cena , fala por fala, figurinos e adaptação do texto e assim deram um gostinho Malucômicos.
Chegando no dia da apresentação o Ceu lotou e Isabel nos contou que ela acreditava que era pelo o motivo de acharem que era realmente “Os melhores do Mundo” mas mesmo assim arrasaram e partir daí não pararam mais de se apresentar.
Durante o papo foi perguntado quem escrevia o que eles apresentavam e foi respondido que o diretor deles Carlos Lourenço levava uma proposta e cada integrante dava uma idéia e com as idéias surgiam às criações e apresentações.
Em 2011 pararam com o vocacional e passaram a se tornar mais independentes e conquistaram espaço no CEU.
A primeira peça escrita por eles foi “Mulheres” – que retrata 100 anos do dia internacional da mulher e Mulheres que marcaram época na sua luta pela igualdade, focado na violência contra a mulher.

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Tem também a peça “A Familia” -Uma Família muito atrapalhada, em que cada integrante possui um característica peculiar e cativante, não deixando de lado sua maneira pirada de ser.imagem
Desde o Vocacional os integrantes procuraram uma estabilidade para se manterem enquanto grupo.  Afinal gastam com transporte, lanche, figurinos necessários, instrumentos, cachês, etc…
César Houscof nos acrescentou que o grupo é contemplado pelo VAI, que é um programa de valorização de iniciativas culturais da prefeitura. Esse é o 2° ano que são contemplados – (E recentemente foi aprovado pela câmara dos vereadores o VAI 2, que são para grupos que já participaram do VAI 1 … ).
Bom, este foi um pouco do nosso bate papo com a Cia  Malucômicos.

Haverá o memso espetaculo no dia 17/11 no mesmo horário e no mesmo local.

  OPS!: Corrigindo um pequeno erro, anteriormente dissemos que a Cia Malucomicos se apresentariam no dia 17/11 também no CEU Vila Rubi. Mas corrigindo nosso erro, os mesmos estarão se apresentando no dia 17/11 no CEU Cidade Dutra.1384195_545087875574251_376564275_n
Fotos no dia: Adriano Santos
Imagens/apresentações: Divulgação

Conhecendo a nossa cultura: O SAMBA!

No dia 14 de outubro, iniciamos o módulo de Cultura no Programa Escola Livre. Falamos sobre cultura erudita e popular e, a partir dessa conversa, conheceremos a cultura que está no centro e em nossa região.DSC01258

Visitamos o grupo Pagode da 27, que se reúne e se apresenta há 8 anos na rua da 27 no bairro do Castro Alves. O Grupo tem participações ilustres e uma platéia diversificada.

Vale ressaltar que a linha de trabalho do grupo é o samba e tem o nome“Pagode da 27” por que no dicionário, o significado de “pagode”  é uma reunião de amigos, e não gênero musical.
Para as reuniões na comunidade, o  grupo conseguiu  autorização da Prefeitura para fechar a Rua 27 nos dias de domingos e feriados, como rua de lazer.
As mensagens que suas letras carregam, são temas do cotidiano, da periferia, seja de uma vizinha fofoqueira, ou de um garoto que tem um sonho.
2O grupo já teve oportunidade de se apresentar em diversas cidades, devido ao destaque que vem adquirindo.
Para quem vai a suas apresentações, eles pedem a colaboração de apenas um quilo de alimento não perecível, para darem continuidade a ação social no qual representam.
Nasceram na mesma época que o fundo de quintal, que passou a ser uma influência, dentre Beth Carvalho e  Zeca Pagodinho…
Não imaginavam tamanho sucesso, até mesmo no exterior, mas se sentem gratificados por saberem que a música tem esse poder de atingir  tantas  pessoas, até mesmo o jogador Luisão que hoje joga no Portugal. Um dos integrantes afirma que não sabe ao certo como chegou aos ouvidos do jogador, mas, através da música, ganharam uma amizade e mais uma participação em suas rodas de samba.
Começamos a conversar com o Jeferson Santiago (32) e Ronaldo Brasil (30), ambos sem formação acadêmica. Jeferson é integrante do grupo desde o inicio e Ronaldo passou a ser integrante há  3 anos.
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Thaísa Nascimento: Como Surgiu a inciativa do “Pagode da 27”?

Jeferson Santiago: 
Não existiu uma iniciativa, sempre fizemos roda de samba, aqui no Grajaú e devido a essas rodas, percebemos que poderíamos montar um projeto pra trazer benefícios para a comunidade.
T.N: Temos um exemplo de sucesso na região que é o Criolo, e logicamente o pagode da 27. O que representou para vocês se apresentarem em uma das maiores emissoras brasileira de TV, a globo, no programa esquenta da Regina Casé?

J.S: 
Na verdade Criolo é amigo particular meu, devido termos crescido juntos.
E foi batendo um papo sobre música, ele no Hip-Hop e eu no samba, conversando sobre a correria do dia-a-dia eu o chamei ele pra visitar o projeto e participar, e ele se apaixonou e percebeu que aqui é um movimento cultural e social, e de lá pra cá, houve uma parceria muito bacana.
E na questão de se apresentar para o programa da Regina Casé, na globo. Isso foi uma coisa que nem pensávamos e nem tínhamos a pretensão, mas foi algo super natural.4
T.N: Em meio a tantas conquistas, vocês têm outros objetivos a serem alcançados?
J.S: 
Sempre tem objetivo, sempre temos. Como já te disse, não tínhamos a “pretensão” nem de gravar um disco e hoje já temos 2, já recebemos convite para gravar DVD e acho que o objetivo maior hoje é atingirmos o maior números de pessoas com nossas músicas e passar a mensagem que há em nossas letras.
T.N: Como a comunidade recebe o pagode da 27? Enxergam como uma cultura popular? Respeitam e participam?
J. N: Sim, e nisso temos que agradecer. Demorou um pouco para que as pessoas pudessem perceber que é um beneficio para a comunidade. Porque às vezes você não precisa sair da região do Grajaú para poder curtir algo de qualidade, pois aqui vêm até crianças, idosos e é um ambiente bem familiar e hoje a galera está com a consciência de que é um projeto social e respeita e pensa: “vou lá realmente para curtir, pra escutar alguma coisa e para agregar em mim”.
6Para permanecerem unidos, os integrantes valorizam a lealdade e o respeito, pois acreditam que trabalhar em grupo é isso.
E para continuarmos com nossa entrevista, chegou mais um integrante, que é Ricardo Rabelo (39) . Músico e compositor do pagode da 27, um dos fundadores.
“É como se fosse assim: Quem são vocês? Prazer, meu nome é o Pagode da 27” - Ricardo Rabelo

“É como se fosse assim: Quem são vocês?
Prazer, meu nome é o Pagode da 27” – Ricardo Rabelo

A gravação de um CD foi basicamente à realização de um sonho, e as musicas que entraram é de autoria de pessoas da região. E segundo Ricardo, é uma realização para o compositor, e para a “quebrada”, e também como se fosse um cartão de visita.

“Vamos fazer cultura, vamos fazer arte” - Ricardo Rabelo

“Vamos fazer cultura, vamos fazer arte” – Ricardo Rabelo

Além de abordarem o cotidiano em suas músicas, ainda passam uma mensagem positiva por que se não há essa mensagem, automaticamente, o próprio povo rejeita, pois são carentes de informação, carentes de cultura e então de certa forma, se não há mensagens legais, o povo já deixa de lado.
Quando alguns compositores têm a vontade de apresentar seus trabalhos antes da roda de samba, eles trabalham com esses compositores para uma avaliação e até mesmo para um crescimento profissional do interessado.
Durante o bate papo, os demais jovens do Programa Escola livre também interagiram com algumas perguntas.
Ricardo nos conta que eles já cantaram para o Caetano Veloso em sua casa. Acrescentou que Caetano os elogiaram, pois é para ele uma das melhores músicas que homenageiam São Paulo, a música é a “Pauliceia minha vida”.
Na festa de 8 anos, foram contemplados com 3 mil pessoas e conseguiram arrecadar em média 1 tonelada de alimentos, que foi destinada a uma aldeia indígena que esta localizada em Parelheiros.
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Se sentem realizados como músicos, pelo progresso que já tiveram tendo a certeza de que a música vai muito mais além do que eles possam imaginar.
Simplesmente passam para a periferia o que aprenderam da periferia, um reflexo do que a comunidade produz e também do que ela ofereceu de apoio, e a presença dessas 3 mil pessoas foi muito significativo e mostra que eles são representados.Rabelo nos acrescentou que são nada mais que agentes multiplicadores, aprenderam muito na periferia, e sente na obrigação de repassar suas bagagens. Até mesmo as coisas ruins, que nos fazem refletir para qual caminho a seguir.

Como prova de que a cultura pode partir da periferia, o grupo sempre é convidado  para se apresentar em diversos espaços da cidade, como o SESC, livrarias Senac e FNAC e outros.Mas, ainda encontram preconceito, pois existem pessoas que deixam de ir ao Samba por se localizar em uma rua da periferia. Há o preconceito ou talvez o medo…
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Entrevistas: Thaisa Nascimento e Adriano Santos
Filmagens: Israel Dantas e Valdeane Lima
Fotos: Israel Dantas

Semana da Comunicação

A nossa semana da comunicação na Escola Maria Juvenal teve inicio no dia 09 a 12/09/13

A semana foi muito corrida para todos nós, mas os resultados foram muito satisfatórios.

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Nessa semana da comunicação, foram desenvolvidas várias atividades para os alunos da Escola Maria Juvenal, porém uma semana antes começamos toda a preparação para o nosso grande evento:

Preparação para a exposição fotográfica

Preparação para a exposição fotográfica

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Contamos com a ajuda de todos da escola, tanto da direção, quanto de alguns professores. Nós educandos do ELivre trabalhamos mais unidos e numa sincronia para que pudéssemos ultrapassar nosso objetivo de mobilizar alunos e professores da escola.

A essa semana contou com várias atividades:
Exposição fotográfica: Foi realizada na sala de leitura da escola com base no que aprendemos na oficina de fotografia com o oficineiro André Bueno e o resultado foram esses:

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Na imagem acima, como pode ser observado, essa “luz” que aparece como um desenho por cima das fotografias é feito com a técnica “Light Painting”. Mas o que seria? Em uma explicação breve, nada mais é que desenhos de luz de uma lanterna fotografada em velocidade baixa. Mas vale lembrar que só câmeras profissionais conseguem captar essa luz, e também só aparece em ambientes escuros.
Durante a exposição, um de nós foi responsável por explicar como é que chegamos naquele resultado e, durante a explicação, fotografamos alguns alunos da escola que tinham interesse em conhecer a técnica na prática.

Os resultados do "Light Painting" com os alunos

Os resultados do “Light Painting” com os alunos

Não apenas os alunos tiverem o interesse de participar, mas também outros visitantes que passavam pela escola.

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Também apresentamos o resultado do nosso curta, sobre “Drogas na Escola” e “A experiência do Programa “Escola Livre na Escola pública”, com roteiro, produção, fotografia,  tudo produzidos por nós mesmo.

Durante as gravações, Pedro e Bruno Lima

Durante as gravações, Pedro e Bruno Lima

Alunos assistindo o curta

Alunos assistindo os curtas

Os documentários foram apresentado também para os professores, onde recebemos críticas positivas e novas idéias para os próximos vídeos que produzirmos. O responsável por nos instruir a cada passo e nos ensinar cada detalhe foi o Bruno Lima.

Além de mostrarmos esse resultado exclusivamente para os professores, apresentamos também a nossa revista “Movimento Escolar” baseada no Blog “Movimento Escolar”, que construímos na oficina de Comunicação com o oficineiro Jean Mello.

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Usamos o palco do pátio para apresentar a todos presentes a nossa revista:

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Realizamos também dinâmicas de comunicação que aprendemos no decorrer do projeto para os alunos do período da tarde e da noite. Fechamos o evento nos apresentado para toda a escola como os responsáveis pela semana da comunicação e também como atuais e futuros agentes de transformação da nossa escola.

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E a rádio, ocorreram todos os dias, durante os intervalos:

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Durante essa semana, nós alunos desse projeto, fomos os protagonistas, e isso nos deu mais auto confiança, por ser uma forma de passar tudo aquilo que ja aprendemos no decorrer desse projeto para outros alunos, da escola toda. Cada um foi responsável por aquilo com que mais se identificou.
Nossos agradecimentos a  todos os jovens do ELivre, aos educadores e a todos os alunos e funcionários da Escola Maria Juvenal por permitirem que desenvolvêssemos este projeto no espaço escolar.

Por: Thaísa Nascimento

Fotos: Todos os jovens do Escola Livre

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No dia 22 de agosto de 2013, nós do Escola Livre fomos para o File 2013, que para quem não conhece, é uma feira de tecnologia que acontece anualmente no SESI, na Paulista, na capital de São Paulo.

Lá vimos diversas coisas interessantes, como taças que transmitiam sons:

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Tinha tablets disponíveis para o público acessar alguns jogos.

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E o que realmente chamou a atenção da maioria dos visitantes foi um sofá que estava em pé, suspenso por apenas um pé. Quem via de longe tinha até uma ilusão de que ele estava seguro por uma base, porém um monitor de lá nos explicou que ele estava conectado a um aparelho que o sustentava. Para ter uma melhor imaginação desse sofá, se imagine se apoiando por apenas 1 pé, e sem nenhum tipo de apoio ao seu redor. Pois então, seu corpo irá trepidar para cair, e era a mesma coisa que acontecia com esse sofá, porém como ele estava ligado a um sensor, ele não caia e permanecia com força para se manter no lugar e com a aparência de estabilidade.

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Tinha um ambiente que era para os amantes dos jogos:

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e muito mais.

Por: Thaísa Nascimento

 

Conhecendo o Instituto CRIAR

No dia 15 de agosto de 2013, nós do Programa Escola Livre, visitamos o Instituto CRIAR de TV Cinema e Novas Mídias, fundado pelo ator e apresentador Luciano Huck, situado no bairro do Bom Retiro, região central da cidade de São Paulo.

O criar tem como objetivo formar anualmente 150 jovens de 17 à 20 anos, todos de baixa renda,  por meio de oficinas relacionadas ao audiovisual e cinema, como cabelo e maquiagem, câmera, cenografia, computação gráfica, edição, entre outras, além de encaminhar esses jovens para o mercado de trabalho após a formação.

Fomos recebidos pelos jovens Ana Carolline, da turma 9 e com o Anderson Souza, da nova turma 10 que nos apresentaram o espaços das oficinas oferecidas pelo Instituto e também tiraram as nossas dúvidas.

Abaixo estão as entrevistas que a educanda Thayná Bernardo realizou com os jovens participantes do CRIAR.

Entrevista com a mediadora Anna Carolline.

T – Você fez a sua formação aqui, como é pra você fazer monitorias?

A – Eu participei da turma 9, e acho muito gratificante mostrar para as pessoas o que eu vivi, e é um negocio maravilhoso, porque a um tempo atrás eu estava na situação de vocês e alguém me ensinou para que eu pudesse ensinar à vocês.
Ontem fui eu aprendendo para ensinar à vocês e amanhã serão vocês ensinando.

T – E você pretende seguir a carreira de formação?

A- Com certeza, em produção, é algo essencial na minha vida, coisa que amo fazer, audiovisual é fantástico.

T – Você foi indicada por qual instituição?

A – Fui indicada pelo Criança Esperança.

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Agora a entrevista é com o jovem Arndeson Souza que é da atual turma 10.

T – A sua experiência  num  projeto social Jovens Urbanos, contribuiu para a sua entrada aqui?

A – Claro, o Jovens Urbanos foi uma grande porta, já que com as saídas culturais que tinham, eu pude conhecer um pouco mais sobre a cidade e, principalmente, com as oficinas de rádio, foi uma das coisas que me clareou para eu entrar na oficina de áudio aqui no Criar.

T – Como está sendo a sua experiência aqui?
A – Eu sou novo aqui, O que eu quero fazer aqui é a oficina de áudio, com isso, eu quero futuramente entrar no mercado de audiovisual, como todos que tem esse objetivo aqui.

T – Então significa que você pretende seguir carreira?
A – Sim, pretendo, se aparecer oportunidade boa. Nunca devemos nos limitar temos que sonhar alto. Entrar no mercado do audiovisual eu quero, mas quero conseguir isso e muito mais, nunca quero só o mínimo, sempre o máximo.

T – Você entrou aqui por qual instituição?
Eu entrei pela Brascri, mas soube daqui pela Comunidade Cidadã, então foi um caminho a seguir.

Bom, esse foi um resumo da nossa saída. Aprendemos bastante com os jovens que nos apresentaram o Instituto CRIAR e esperamos que futuramente possamos também fazer parte deste espaço.

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Texto: Thayná Bernado

Fotografia: Thaísa Nascimento

Intercâmbio Cultural

No dia 17-07-2013 nós jovens do Escola Livre, nos reunimos no Centro Cultural – Casa de Cultura Palhaço Carequinha, com outros diversos jovens de diversos países do mundo. Conversamos e trocamos ideias de forma educacional.

Ouvimos alguns representantes de  alguns países, como África do Sul, Áustria, Índia, Colômbia, Guatemala, El Salvador… compartilharam um pouco da forma que eles trabalham com seus jovens.

Jovens reunidos na Casa de Cultura

Jovens reunidos na Casa de Cultura

Ao fazer a pergunta “Vocês trabalham e usam a educomunicação em seus projetos? Ou seja, ensinam se comunicando através de videos,  imagens, blogs, dentre outras ferramentas?” Foi possível perceber que as respostas não foram positivas para todos os países, porém alguns deles foram na ideia basicamente, de absorver novas formas de trabalho. Entretanto, ouvimos algumas respostas que sinalizam que essas ferramentas são utilizadas por uma parte do público presente.

O representante da Colombia afirmou que eles interagem através das músicas. Aprendem a tocar instrumentos, a cantar, e até mesmo a compor canções que defendem seus direitos e podem expor seus sentimentos.

Uma moça da Áustria  afirmou que ela e seu namorado, um educomunicador de Goiás, já fizeram esse tipo de trabalho em uma penitenciária, especialmente para jovens.

Um dos jovens, voluntário na ONG Comunidade Cidadã,  Lucas Souza, perguntou para uma mulher da África do Sul, como eles trabalhavam com a questão cultural, já que era diferente da nossa cultura. Quais estratégias utilizam para educar de um modo não formal. Ela respondeu que eles preferem manter a cultura, usam a dança, teatro e vários tipos de esportes como metodologias.

O rapaz da Guatemala nos acrescentou que eles trabalham com vídeos e documentários e fez um breve comentário de que  um dos vídeos que os jovens fizeram, era para denunciar o que há de errado, contradições sociais.

Fomos atrás dele, para que ele nos pudesse passar mais informações e que pudéssemos entender melhor sobre seu vídeo e sua estada aqui no Brasil, acrescentando a forma a qual ele trabalha. E também a Barbara Kerner da Áustria que nos ajudou dando mais informações sobre o projeto a qual faz parte.

O Guatemalteco Edgar Enrique, de 24 anos, formado em Ministrações impressas, e trabalha na Pastoral da juventude, da igreja católica,  desde 2008, disse que está gostando do Brasil, disse também que as cidades são muito boas, os brasileiros são muito agradáveis e muito acolhedores.
Ao perguntar a ele o que ele levaria de referência de nosso país, ele nos respondeu: “Bom, tantas coisas, tantas aprendizagens que podemos levar, compartilhar tantas coisas com organizações que trabalham conosco, experiências  coisas muito grandes para nós

Enrique González, de Guatemala

Enrique González, de Guatemala

Você gostou da nossa forma educacional? Usaria de alguma forma com seus jovens?

Enrique: Sim, temos ferramentas também, muito boas,  “O Cine Club” parece com o projeto que trabalhamos.

Você comentou de um vídeo que você e seus jovens fizeram referente aos minérios, algo assim… Qual foi a repercussão desse vídeo? Teve mudanças ou permaneceu da mesma forma?

Enrique: Bem, no primeiro momento foi para um festival de cinema para jovens, transmitido nos colégios, escolas e agora no mês de agosto teremos a segunda fase do documentários sobre os minérios, e serão mostrados para as autoridades, para o governo, para mostrar nossa posição como jovens.

Barbara Kerner, complementou:

“Eles falavam que o governo dava muito lucro para as organizações que vem de outros países e exploram a Guatemala, os minérios e que trazem consigo coisas sujas e ruins. Eles (jovens) também lutam conta isso”Austriaca Barbara Kerner,  25 anos, formada em desenvolvimento internacional e trabalha com juventudo a poucos meses

Como vocês combinaram para  se juntar?
B.K: Saiu da TKM, tem parceria com a casa da juventude… Austríacos vieram para o Brasil e vice versa.
Pensamos: Para esse intercâmbio, vamos aproveitar e convidar jovens de vários países para estarem juntos, para a Jornada Mundial da Juventude. O título é: “Como queremos conseguir realizar trabalhos com os jovens?”

Vocês buscam novas formas de trabalho, de implantar na educação?

B.K: Aqui nos dão novas ideias, exemplo: eles trabalham com músicas ou videos, porque não trabalhamos também?

Segue o vídeo que Enrique González e seus jovens estão envolvidos

Por: Thaísa Nascimento
Participação: Thayna Bernardo
Fotos: Israel Dantas e Adriano Santos
Edição: Jean Mello 

Seminário Nacional de Juventudes e Comunicação na USP/ECA.

A caminho do seminário

A caminho do seminário

No dia 11-06-2013 nós alunos da Escola Estadual Maria Juvenal Homem de Mello, situada na região do Grajaú, integrantes do Programa Escola Livre, participamos do Seminário Nacional de Juventudes e Comunicação na USP/ECA.

Trocamos e adquirimos conhecimentos. Dividimo-nos em 3 grupos:

1° Educomunicação
2° Mídias Colaborativas
3° Tecnologia e cultura de rede

Nesse post iremos apresentar as ideias que foram discutidas a partir GT  (grupo temático)  de educomunicação, pois é um tema no qual estamos estudando.

Mas afinal, o que é a EDUCOMUNICAÇÃO? Vamos explicar de uma forma sucinta:

Educação+Comunicação = Educomunicação.
A educomunicação é um jeito de educar se comunicando, aquilo que aprendemos e multiplicamos, seja através de vídeos, fotografias, rádio, jornal, matérias e assim por diante.
Nas escolas aprendemos um ensino formal, o oposto do Programa Escola Livre que é a educação não formal, OU SEJA, não temos disciplinas no qual somos acostumados a ver e participar nas escolas, mas trabalhamos com outras ferramentas  que nos possibilite uma ampliação de repertório sócio cultural. Essas ferramentas podem ser o vídeo, a fotografias, o  teatro etc… O conteúdo destas produções são,  normalmente,  temas voltados para os jovens, como sexualidade,  política,  juventude e temas que se manifestam  na sociedade e que as escolas,  geralmente,  não discutem.

No debate entrou a questão de que as oficinas educomunicativas também deveriam ser oferecidas para professores, até para que os mesmos tivessem novas formas e ideias de trabalho, fazendo com que esses profissionais trabalhassem com a democracia dentro das salas de aula, e que não houvesse a linhagem de “Eu sou professor, e você o aluno”, mas que TODOS tivessem voz e direito a dar opinião, sem preocupação de estar errado ao olhar do seu superior. Sem deixar de citar a forma vertical com que o sistema escolar trabalha, com assuntos limitados e apenas ensinando o que cairá nas provas, deixando de explorar algo a mais que o jovem tem a expor ou a conhecer.

Ao final do debate realizamos duas entrevistas com os mediadores do GT de Educomunicação nas Escolas. O Douglas Lima e  o Alessandro Muniz.

Douglas Lima, Alessandro Muniz (Entrevistados); Taciane Borges e Thaísa Nascimento

Douglas Lima, Alessandro Muniz (Entrevistados); Taciane Borges e Thaísa Nascimento

A primeira entrevista foi da jovem Taciane Borges com o educomunicador Douglas Lima:

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TB: Qual a importância do evento para você?
DL: Bom, pra mim, a importância do evento basicamente é ter um esse espaço aonde as pessoas podem dialogar e trocar experiências, pois as pessoas  não têm oportunidade todos os dias, por morarem muito longe e terem uma série de dificuldades.  Além da distância, a questão de não ter um contato direto, de não saberem como dialogar com essas outras juventudes, com essas outras idéias, com pessoas que moram em locais que, talvez, não tenham a mesma facilidade que a gente que mora na cidade grande tem. Então é o momento de realmente trocar essas experiências e encontrar uma maneira de se identificar um com o outro, de encontrar nossas identidades de transformar alguma coisa, nosso país, nosso sistema educacional, enfim… A importância desse evento é basicamente isso.
TB: Você acredita que essas propostas serão realmente ouvidas e colocadas em prática?

DL: Eu não tenho dúvida disso, principalmente porque a gente tem um histórico já de participação desses jovens que estão aqui, dos que já participam dessas redes a muito tempo, de incidências políticas, de participações com espaços educacionais, de fazer ações educomunicativas em outros estados, em outras escolas e temos vistos que os resultados são muito positivos, a própria rede é resultado de um desses encontros. Então a gente tem provas que quando a gente se encontra, a gente constrói coisas muito bacanas, a gente consegue implementar e trocar  realmente pautados de verdade.

Essas ideias, essas políticas  ajudam  a gente se relacionar melhor com as pessoas, com nosso ecossistema e a gente faz isso acontecer nos eventos.

 TB: O que você espera com o seminário, você acha que vai  além, terá continuidade…?

DL: Acho que sim, nós temos o objetivo com essas três metas, com essas três propostas de cada um dos grupos de trabalho para levar para um planejamento que e maior que o que estamos fazendo aqui, que é uma coisa mais ampla, vai envolver a rede, vai envolver a viração, vai envolver outros parceiros também e definir quais são as faltas que a gente vai colocar como base pra desenvolver nos próximo meses e anos. Vamos ver qual é a viabilidade de implementar essas coisas e como que as pessoas que já fazem parte de uma rede podem contribuir para que isso aconteça de fato e não fique só na discussão e no debate. A gente quer realmente que as coisas saiam do papel e virem realidade.

A seguir a entrevista de Thaísa Nascimento  com  Alessandro Muniz:

Alessandro Muniz , 22 anos, mora em Natal/RN , Jornalista e estudante de comunicação com habilitação em rádio e TV.

Alessandro Muniz , 22 anos, mora em Natal/RN , Jornalista e estudante de comunicação com habilitação em rádio e TV.

TN: Você trabalha com educomunicação  há quanto tempo?
AM: Eu trabalho com comunicação alternativa faz uns 4 à 5 anos e venho trabalhando com educação e comunicação há uns 3 anos, pesquisando e tentando, praticando e experimentando.

TN: E pra ti, qual é a importância desse evento?
AM: Esse evento ele é fundamental, justamente porque aqui é um encontro nacional, então tem pessoas de todas as regiões do país, mais de 20 estados e a gente está aqui pra se encontrar, porque ao longo do ano a gente vem constantemente dialogando pelas redes sociais em reuniões on-line, skype, face,e tudo mais. E é importante ter esse espaço de construção presencial pra gente se encontrar, a gente se ver e poder se articular melhor, tirar planejamentos, tirar propostas enfim… Ver como é que é essa rede, vê que ela tem o objetivo de direito de comunicação e transformação da sociedade mesmo e a partir da comunicação e educação vê o que a gente pode fazer para continuar com esse percurso.

TN: O que você acredita que obterá como resultados com os seminários?
AM: Assim, além de todos os aprendizados que a gente tem que conviver  e vivenciar com todas as experiências de todos os estados e de todas as pessoas que estão aqui, a gente também traz muito e aprende muito a partir das articulações que a gente faz, então a gente se encontra… Exemplo, eu sou do Nordeste, então aqui estão reunidos todos os grupos do nordeste, então a gente consegue se sentar todo mundo junto em roda e realmente passar a pensar em como fortalecer a situação lá no nordeste, e todas as regiões vem fazendo isso e a gente vai trocando contatos, fazendo parcerias e pensando como a gente pode trabalhar juntos, em projetos conjuntos e coletivos, então quando a gente se encontra a gente consegue pensar em coisas juntos de maneira mais fácil.

TN: E você acredita que essas propostas, que foram passadas, trocadas, serão realmente ouvidas e colocadas em práticas?

AM: É, eu acho que isso depende muito de cada um, como cada um está engajado nesse processo, e tem várias realidades. Tem realidade que as pessoas tem mais cuidados, tem outras que já estão superando certos obstáculos e tudo mais, a gente vai trabalhando coletivamente pra que todo mundo se fortaleça e a partir daí a gente vai conseguindo executar essas  ações. Então muito do que a gente propõe agora, nos próximos 1 ou 2 anos, pode ser que a gente consiga realizar nesse período ou como pode ser que não, que talvez nos próximos encontros, a gente reavalie e veja o que deu certo, o que não deu e faça novos planejamentos. Para que muitas coisas aconteçam, sempre sai coisas concretas, pois não estamos discutindo coisas abstratas, estamos falando do nosso dia a dia, o que a gente faz cotidianamente em nossos estados, em cada região e no Brasil, então com certeza vai acontecer.

Queremos agradecer pela cooperação dos mediadores Douglas Lima,  Alessandro Muniz, que nos cederam seu tempo para entrevista, por estarem acrescentando mais informações para passarmos adiante e por acreditarem na melhoria de nossa educação através da comunicação. Aos nossos educadores, que nos deram oportunidade de participar desse grande evento,  que será um grande marco na história da educação.

Integrantes da Escola Livre

Integrantes da Escola Livre

Texto:  Thaísa Nascimento

Colaborador: Jean Mello

Fotos: Israel Dantas e Adriano Santos

Reportagem: Taciane Borges e  Thaisa Nascimento

Edição:  Elisangela Duarte

Reportagem: Coletivos do Grajaú pressionam e Subprefeitura muda pauta de encontro

Grajaú

Agendado para 03 de agosto na Capela do Socorro, encontro com o secretário municipal de cultura, Juca Ferreira, abordaria temas como pessoas em situação de rua, uso de entorpecentes por jovens e “outros problemas”, segundo justificativa da subprefeitura. Coletivos culturais cobram políticas públicas

Por Thiago Borges

“Invasão das praças públicas por pessoas em situação de rua”, “aumento do consumo de entorpecentes entre os jovens que se reúnem no calçadão cultural do Grajaú” e o “entendimento de novas tribos”, entre outros temas “emblemáticos” constavam na justificava da subprefeitura da Capela do Socorro para a realização do Primeiro Encontro Cultura em Ação, previsto para acontecer no dia 03 de agosto de 2013 no CEU Vila Rubi. (leia íntegra no fim da matéria). Leia Mais…

Desigualdade social é a grande causa da violência entre jovens, afirma pesquisa do Ipea

De um lado, jovens brancos, bem vestidos, com um bom nível de escolaridade e trabalhando com carteira assinada. De outro, jovens negros, maltrapilhos, analfabetos e trabalhando na informalidade para comprar comida. O quadro de extrema desigualdade citado no exemplo acima, tão comum no Brasil, está entre as principais causas da violência entre jovens, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).

“A desigualdade social está entre as maiores causas da violência entre jovens no Brasil. Ela é o grande contexto, o pano de fundo, onde vive a população mais atingida por esse problema: as pessoas entre 15 e 24 anos”, afirma Luseni Aquino no artigo “Desigualdade social, violência e jovens no Brasil”, produzido em parceria com a pesquisadora Enid Rocha.

Um dos fatores que evidenciam a desigualdade social e expõem a população jovem à violência é a condição de extrema pobreza que atinge 12,2% dos 34 milhões de jovens brasileiros, membros de famílias com renda per capita de até ¼ do salário mínimo, afirma a pesquisa.

No total, são 4,2 milhões de jovens extremamente pobres. Destes, 67% não concluíram o ensino fundamental e 30,2% não trabalham e não estudam. O estudo também revela que os jovens afrodescendentes são os mais excluídos, já que 73% dos jovens analfabetos são negros e 71% dos extremamente pobres que não trabalham e não estudam são afrodescendentes.

Apesar de ser um agravante das situações de violência, os números divulgados pela pesquisa mostram que a pobreza não é preponderante para o comportamento violento, mas sim a desigualdade social.

“Como a violência afeta mais os pobres, é usual fazer um raciocínio simplista de que a pobreza é a principal causadora da violência entre os jovens, mas isso não é verdade”, afirma a pesquisadora Enid Rocha. “O fato de ser pobre não significa que a pessoa será violenta. Temos inúmeros exemplos de atos violentos praticados por jovens de classe média”.

Para as pesquisadoras, uma das formas de superar a desigualdade é a introdução de mecanismos compensatórios para aumentar a renda dos jovens extremamente pobres. “É preciso promover a inclusão social desses jovens por meio da escola e do emprego, que são os dois mecanismos lícitos de ascensão social”, explica Enid Rocha.

Atualmente, a política do governo federal de transferência de renda é o Bolsa-Família, benefício em dinheiro destinado a famílias com rendimento de até R$ 100 mensais. Hoje, cerca de 3,9 milhões de famílias são atendidas pelo programa.

Fonte: Agência Brasil

 

Violência e repressão afetam mais jovens negros no Brasil, aponta Anistia Internacional

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Rio de Janeiro – Apesar da melhora na situação sócioeconômica do país, a incidência de crimes violentos continua alta no Brasil, segundo o Relatório O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, lançado hoje (22) pela Anistia Internacional.

De acordo com o documento, os jovens negros são de forma desproporcional as principais vítimas, principalmente nas regiões Nordeste e Norte. Segundo o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque, o país vive uma situação de quase extermínio de uma parcela da população.

“Em 2010, quase 9 mil jovens entre 9 e 19 anos foram mortos, de acordo com o Mapa da Violência, foram vítimas de homicídio. Estamos vivendo uma tragédia de proporções inacreditáveis, isso equivale a 48 aviões da TAM caindo todo ano cheio de jovens: crianças e adolescentes. Outro recorte mostra que uma parcela enorme, cerca de 50%, é homens negros que estão morrendo. Claramente, há uma situação que combina diversos fatores, violência institucional, número de armas que circulam, racismo, acabam vitimando um certo perfil de pessoas ”.

Conforme os dados, em 2012, foram registradas denúncias de tortura e maus-tratos no sistema carcerário e os assassinatos cometidos por policiais continuam sendo registrados como auto de resistência ou resistência seguida de morte, sendo pouco investigados.

Roque lembrou que uma recomendação do Conselho Nacional de Defesa da Pessoa Humana, de novembro passado, pede o fim do auto de resistência, mas poucos estados implementaram.

“Nós continuamos a ter, ainda hoje, apesar de algumas mudanças e alguns avanços, um padrão de segurança pública, um padrão de ação dos agentes que deveriam trazer segurança para a população, marcado pela violência, por uma percepção de que se está em uma ação de guerra, em que se suspende o marco legal e você pode fazer o que quiser. Isso tem sido uma tônica no modo como a polícia atua não só no Rio e em São Paulo, mas em muitas outras situações no Brasil”.

O relatório ressalta que o governo lançou em setembro o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, chamado de Juventude Viva, porém cortou pela metade os recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

O documento aponta que políticas, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, contribuíram para a diminuição no número de homicídios. Porém, a ação de milícias em muitas favelas continua, principalmente na zona oeste da cidade.

Em São Paulo, o número de homicídios aumentou 9,7% entre janeiro e setembro de 2012, de acordo com o relatório. Apenas em novembro passado, 90 pessoas foram mortas por policiais no estado. A explicação seria o aumento dos confrontos com organizações criminosas. Em maio, três policiais da tropa de choque Rota foram presos acusados de executar um suspeito.

Outro problema apontado pela Anistia Internacional é o número de presos, que continua aumentado. Atualmente, segundo a entidade, faltam 200 mil vagas no sistema carcerário brasileiro.

Edição: Carolina Pimentel

Fonte: EBC